Pastor de igreja doméstica na China recebe sentença de 14 anos de prisão.

 Cinco co-réus também receberam sentenças severas de prisão.



As penalidades para os pastores de igrejas domésticas na China tornaram-se mais rigorosas, seguindo as instruções de Xi Jinping para pressionar as igrejas protestantes a se alinharem com a Igreja das Três Autonomias, controlada pelo governo. A repressão está atingindo especialmente aqueles que resistem em conformidade com essas diretrizes.

No dia 12 de janeiro de 2024, o pastor Kan Xiaoyong, da cidade de Dalian, foi condenado a uma pena de quatorze anos de prisão pelo Tribunal Popular do Distrito de Ganjingzi. Sua esposa, Wang Fengying, foi sentenciada a quatro anos, enquanto seu colega de trabalho, Chu Xinyu, recebeu uma pena de dez anos. Outros três réus foram condenados a três anos de prisão cada.

O procurador impôs penas substanciais ao agregar à acusação de "práticas comerciais ilegais" a alegação de "uso de um xie jiao para minar a implementação da lei". A última acusação surpreendeu, pois a organização de Kan não se enquadra no perfil de "xie jiao" ou "ensino heterodoxo", termo utilizado para estigmatizar grupos rotulados como "cultos" pelas autoridades em documentos em língua inglesa. Pelo contrário, trata-se de uma típica organização de igreja doméstica protestante.

A equipe de defesa, composta por seis advogados, conseguiu ao menos obter a declaração de inocência dos réus em relação à acusação de fraude, o que teria acarretado penas ainda mais severas.

Kan, natural de Wuhan, era um empresário bem-sucedido e descendente de uma família com laços no PCC. Em 2018, aos 60 anos, ele abandonou sua carreira secular para fundar a Discipleship Home Network junto com sua esposa. O casal, ambos destacados em suas carreiras anteriores, mudou-se para Dalian, onde estabeleceram uma igreja, ganhando reconhecimento nacional no cenário das igrejas domésticas.

Em 20 de outubro de 2021, a residência do casal em Dalian foi invadida, resultando na prisão do pastor Kan, sua esposa e outros colegas de trabalho. Durante vários dias de detenção, tanto Kan quanto sua esposa foram submetidos a torturas numa tentativa infrutífera de obter confissões. Apesar de evidências de tortura terem sido apresentadas pelos advogados durante o julgamento, foram rejeitadas pelo juiz.

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